Espectroscopia no infravermelho próximo.
A
espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) tem sido principalmente
usada na investigação da oxigenação periférica tecidual de forma não
invasiva e contínua. O princípio da espectroscopia consiste na aplicação
da luz no comprimento de onda do infravermelho-próximo para avaliar, de
forma quantitativa e qualitativa, os componentes moleculares
relacionadas à oxigenação tecidual. Baseado na relação das concentrações
da deoxiemoglobina e da oxiemoglobina no tecido, a NIRS obtém
informações para o cálculo da oxigenação tecidual. Embora possa ser
aplicada em qualquer órgão, como método não invasivo é principalmente
usada para a monitorização da oxigenação muscular periférica. Os
parâmetros medidos pela NIRS podem ser calculados diretamente ou através
de intervenções fisiológicas para alterar a circulação no local da
aferição, sendo as mais usadas a oclusão arterial e a oclusão venosa.
Deste modo, pode-se obter informações sobre a saturação do oxigênio
muscular periférico e tecidual, bem como do fluxo sanguíneo e consumo de
oxigênio local. Seu uso é direcionado principalmente para a
monitorização da oxigenação tecidual periférica durante ressuscitação do
choque no trauma e em pacientes sépticos, bem como a monitorização dos
distúrbios da microcirculação regional. Esta revisão abordará os
princípios físicos da espectroscopia no IV-próximo, e das principais
aplicações clínicas deste instrumento de monitorização, com ênfase nos
estudos que investigaram a utilidade da NIRS na área de terapia
intensiva e também no setor de emergência clínica.
POSTADO POR DANIELA VINHAS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário