Considerações metodológicas
A
dificuldade em quantificar os sinais provenientes da NIRS levou ao
desenvolvimento de diferentes métodos de aferição. Existem hoje vários
tipos de espectofotômetros que aplicam a NIRS, variando em sua
sofisticação, aplicabilidade, algoritmos usados e número de comprimento
de onda empregado. É geralmente aceito que um mínimo de quatro
IV-próximo é necessário para diferenciar o espectro de absorção dos
cromóforos teciduais. Os instrumentos comerciais mais comumente usados
são os espectofotômetros que aplicam ondas contínuas ("continuous wave" -
cw). Esses aparelhos, embora não forneçam medidas quantitativas das
concentrações absolutas dos cromóforos, fornecem alterações de suas
concentrações a partir de um valor basal, refletindo deste modo quando
há variações na utilização do oxigênio tecidual. Essa limitação
metodológica baseia-se na necessidade de se obter um acurado PF para
cada comprimento de onda e uma estimativa da quantidade da dispersão da
luz no tecido. Com o desenvolvimento de novas tecnologias houve o
aparecimento de aparelhos mais sofisticados, capazes de fornecer medidas
quantitativas. Os métodos Phase modulate spectroscopy e spatially resolved spectroscopy são
os que utilizam diferentes algoritmos para a obtenção do coeficiente de
absorção do tecido e, consequentemente, calculam a concentração
absoluta do cromóforo tecidual. Esses aparelhos também utilizam uma
tecnologia baseada em canais múltiplos ("multichanel NIRS"), ou seja,
múltiplos detectores em diferentes distâncias num mesmo sensor, o que
possibilita a medida em uma porção maior do tecido. Embora quantifiquem
os cromóforos teciduais, existem poucos estudos na literatura comparando
um método com outro. Uma vez que utilizam diferentes algoritmos, as
quantificações diferem segundoo aparelho utilizado, tornando-os de
difícil aplicação do ponto de vista clínico.(10)
Numa tentativa de simplificar o design
do espectofotômetro para o uso à beira do leito, algumas companhias
desenvolveram aparelhos de mais fácil manipulação. Como aplicam
algoritmos mais simples, não fornecem dados sobre as concentrações
absolutas dos cromóforos teciduais. No entanto, suas vantagens são a
possibilidade do uso contínuo à beira do leito e a pouca heterogeneidade
da aferição da oxigenação tecidual possibilitando comparações entre
indivíduos.
O
espectofotômetro tecidual para a NIRS é constituído basicamente de um
microprocessador para a detecção da luz e de uma tela de monitor (Figura 2).
O aparelho é conectado a um cabo de fibra óptica, cuja extremidade é
composta por uma fonte de luz conectada a um sensor óptico, normalmente
variando de 12 a 25 mm, que equivale à distância entre o emissor e o
receptor da luz. Um conversor óptico é usado para exportar o sinal
coletado para o monitor, que exibe os dados graficamente.
POSTADO POR DANIELA VINHAS.
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